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sábado, 13 de fevereiro de 2010

NA MADRUGADA


silêncio na madrugada fria
teu cheiro insofismável de mulher
adentra incondicional por entre as frestas

um aroma de sentidos impregna as paredes
e eu te sinto, amor e ódio, no sereno ressecado
que da janela, agora aberta, cai

um fogo lambe os tijolos brancos:
me atordoa o teu vestido novo
pendurado na cadeira carcomida de sentidos

- sobretudo nas madrugadas sombrias de sereno -

sobre a lareira jaz uma foto dos dias idos
(dias marcados para sempre na parede azul da memória)
prédios cinzentos me observam

tenho um quadro impressionista nos olhos
e não há como saber se o vazio será eterno.

Livro: "O espelho quebrado de Alice"

Um comentário:

  1. Muito boa !!!!! a poesia, cada palavra traz uma ligação especial que completa o sentido e dá vida ao que está escrito.

    muito boaaaaa

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