silêncio na madrugada fria
teu cheiro insofismável de mulher
adentra incondicional por entre as frestas
um aroma de sentidos impregna as paredes
e eu te sinto, amor e ódio, no sereno ressecado
que da janela, agora aberta, cai
um fogo lambe os tijolos brancos:
me atordoa o teu vestido novo
pendurado na cadeira carcomida de sentidos
- sobretudo nas madrugadas sombrias de sereno -
sobre a lareira jaz uma foto dos dias idos
(dias marcados para sempre na parede azul da memória)
prédios cinzentos me observam
tenho um quadro impressionista nos olhos
e não há como saber se o vazio será eterno.
Livro: "O espelho quebrado de Alice"
Muito boa !!!!! a poesia, cada palavra traz uma ligação especial que completa o sentido e dá vida ao que está escrito.
ResponderExcluirmuito boaaaaa