deixa que eu te mastigue
fruta indócil nos dentes famintos
e que a tua dor seja o meu prazer:
há um aceno de mãos na tempestade
(teus olhos estão disseminados
na correnteza que pelos dedos corre
teu corpo é oceano de sombras e cinzas
teu olhar é folha solta nos telhados)
e cada gota que cai refaz em minhas retinas
o teu semblante que não se apaga
meu corpo é um poço profundo
recebe o suor que de teu corpo flui
tuas águas distantes me alagam
verto razão líquida pela boca.
fruta indócil nos dentes famintos
e que a tua dor seja o meu prazer:
há um aceno de mãos na tempestade
(teus olhos estão disseminados
na correnteza que pelos dedos corre
teu corpo é oceano de sombras e cinzas
teu olhar é folha solta nos telhados)
e cada gota que cai refaz em minhas retinas
o teu semblante que não se apaga
meu corpo é um poço profundo
recebe o suor que de teu corpo flui
tuas águas distantes me alagam
verto razão líquida pela boca.
Livro: "Poerana"
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