entranhado
entre os meus pertences
tudo o que se foi
arde no agudo silêncio
o que ficou
entre essas manhãs passadas
o tempo bateu enlouquecidamente na vidraça
estilhaçou a minha língua
em cacos infindos
cada pedaço de tarde
agora queima
(cada semblante pretérito, cada voz)
ainda rasga a face
ínfimos pedaços de vidro
ocultos nas entrelinhas
que falam alto
nesse silêncio absoluto
que agora pulula.
entre os meus pertences
tudo o que se foi
arde no agudo silêncio
o que ficou
entre essas manhãs passadas
o tempo bateu enlouquecidamente na vidraça
estilhaçou a minha língua
em cacos infindos
cada pedaço de tarde
agora queima
(cada semblante pretérito, cada voz)
ainda rasga a face
ínfimos pedaços de vidro
ocultos nas entrelinhas
que falam alto
nesse silêncio absoluto
que agora pulula.
Livro: "O Espelho Quebrado de Alice"
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